Pela descriminalização da poesia cotidiana

















Ponho-me a escrever teu nome
com letras de macarrão.
No prato, a sopa esfria, cheia de escamas,
e debruçados na mesa todos contemplam
este romântico trabalho.

Desgraçadamente falta uma letra;
uma letra somente
para acabar teu nome!

- Está sonhando? Olha que a sopa esfria!
Eu estava sonhando...
E há em todas as consciências um cartaz amarelo:
“Neste país é proibido sonhar”.

(Carlos Drummond de Andrade)

Inicio aqui meu movimento pela descriminalização da poesia cotidiana, pela não marginalização da cultura, pela valorização do que humaniza as pessoas, em detrimento do mundo tecnicista e extremamente pragmático que é hoje vigente. Cultivemos as artes, pratiquemos as ciências humanas! Que a poesia não seja afogada pela máquina, pela obviedade e pelo conservadorismo.




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